Quando os primeiros aparelhos de televisão de alta definição (HDTV) chegaram ao mercado, em 1998, os cinéfilos, fanáticos por esportes e aficionados por tecnologia ficaram muito animados, e com razão. Anúncios dos aparelhos sugeriam um paraíso em termos de televisão, com uma resolução superior e som melhor ainda. Com a HDTV, também seria possível ver filmes no formato original widescreen, sem aquelas tarjas pretas que algumas pessoas detestam.
Mas para muitas pessoas, a HDTV não foi uma fonte de experiências transcendentais em frente da telinha. Pelo contrário, as pessoas saíam para comprar uma TV e se viam rodeadas por abreviaturas confusas e muitas escolhas. Algumas, ainda por cima, ligavam sua HDTV nova e descobriam que a imagem nem era tão boa assim.
Felizmente, alguns pontos básicos facilmente colocam um fim nessa confusão. Neste artigo, explicaremos as siglas e os níveis de resolução e mostraremos como a transição para a TV totalmente digital está sendo feita nos Estados Unidos. Também mostraremos tudo o que você precisa saber se quiser mudar para a HDTV.
Analógico, digital e alta definição
Há anos, assistir TV envolve sinais analógicos e aparelhos de CRT (tubo de raios catódicos). O sinal é feito de ondas de rádio continuamente variáveis que a TV traduz em imagem e som. O sinal analógico chega até a TV pelo ar, por cabo, ou via satélite. Sinais digitais, como os dos aparelhos de DVD, são convertidos para sinais analógicos quando são transmitidos em TVs tradicionais.
Este sistema funcionou muito bem por bastante tempo, mas tem algumas limitações:
O CRT convencional exibe cerca de 480 linhas visíveis (ou linhas de pixels). As emissoras trabalham com sinais que funcionam bem nesta resolução há anos, e não conseguem produzir uma resolução suficiente para preencher uma televisão enorme com o sinal analógico.
Imagens analógicas são entrelaçadas - o canhão de elétrons do CRT pinta somente metade das linhas em cada passagem tela abaixo. Em algumas televisões, o entrelaçamento faz a imagem piscar.
Converter vídeo para o formato analógico reduz a sua qualidade.
As emissoras americanas estão mudando para o formato de TV digital (DTV). O sinal digital transmite a informação para vídeo e som na forma de uns e zeros ao invés do formato de onda. Para a transmissão pelo ar, a TV digital geralmente usa a porção UHF do espectro do rádio com uma banda de 6 MHz, como os sinais de TV analógicos.
A TV digital tem várias vantagens:
A imagem, mesmo quando exibida em uma TV pequena, é de qualidade superior.
O sinal digital consegue suportar uma resolução maior, então a imagem continua boa mesmo quando é exibida em uma tela de TV maior.
O vídeo pode ser progressivo ao invés de entrelaçado - a tela mostra a imagem inteira para cada quadro ao invés de uma linha de pixels sim, outra não.
Canais de TV podem transmitir vários sinais usando a mesma banda, o que chamamos de multitransmissão.
Se as emissoras quiserem, podem incluir conteúdo interativo ou informações adicionais ao sinal da TV digital.
Ela suporta emissoras de alta definição (HDTV).
Mas a TV digital também tem uma grande desvantagem: TVs analógicas não conseguem decodificar e exibir sinais digitais. Quando a transmissão analógica terminar, você só vai poder assistir à TV em seu bom e velho televisor se você tiver TV a cabo ou via satélite que transmita sinais analógicos, ou se você tiver um conversor.
Isto nos leva ao primeiro equívoco da HDTV. Algumas pessoas acreditam que, como os Estados Unidos estão mudando para a HDTV, tudo de que vão precisar é uma TV nova e automaticamente terão a HDTV quando o serviço analógico terminar. Infelizmente não é bem assim.
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